Wednesday, April 04, 2007

HOMENAGEM A CHICO BUARQUE





HUMANA E PEQUENA


O vaso de alabastro
derrama poemas.
Eu, uma Madalena,
descalça e maltrapilha,
prostituída,
corpo rasgado
de saudades
de um lugar,
onde existia
apenas um sonho,
no sonho
apenas um amor,
e neste amor,
todo o poema.
Em meus braços
vaso de alabastro
nele:
água cristalina,
alephs,
girassóis,
arco-íris
a pele dele,
olhar de estrelas
escondidas.
Sou uma Madalena
humana e pequena,
pisando pedras
derramando poemas.


BÁRBARA LIA

ilustração: Vicente Simas
Jaboatão - Pernambuco
Umas e Outras
(inspirada na canção de Chico Buarque de Hollanda)
- Com um beijo de Madalena, esta poesia - olhando a tela do Vicente e apoiada na música que inspirou a cena... Um beijo de uma Bárbara, que não cala a boca, na minha paixão - mor - Francisco, de todos nós, um post todo para o Chico Buarque, imagens do Vicente - palavras minhas - ele que hoje canta no Guaira, e eu não vou ver , mas - vou te seguir - até o fim - no Barco de Lia, no Rio de Cora, enquanto -todos os meus nervos estão a clamar- ele vai ser o meu deus sereno, vai subir ao palco - sem Beatriz - ah! se eu pudesse entrar na tua vida!! -
Umas e Outras
Chico Buarque


Se uma nunca tem sorriso
É pra melhor se reservar
E diz que espera o paraíso
E a hora de desabafar
A vida é feita de um rosário
Que custa tanto a se acabar
Por isso às vezess ela pára
E senta um pouco pra chorar
Que dia!
Nossa, pra que tanta conta
Já perdi a conta de tanto rezar
Se a outra não tem paraíso
Não dá muita importância, não
Pois já forjou o seu sorriso
E fez do mesmo profissão
A vida é sempre aquela dança
Aonde não se escolhe o par
Por isso às vezes ela cansa
E senta um pouco pra chorar
Que dia!
Puxa, que vida danada
Tem tanta calçada pra se caminhar
Mas toda santa madrugada
Quando uma já sonhou com Deus
E a outra, triste namorada
Coitada, já deitou com os seus
O acaso faz com que essas duas
Que a sorte sempre separou
Se cruzem pela mesma rua
Olhando-se com a mesma dor
Que dia! Cruzes, que vida comprida
Pra que tanta vida pra gente desanimar

La nave va...

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