Sunday, May 27, 2007

FAUSTO WOLFF












LACUNA
Quando caí do cavalo
Havia um cavalo.
Quando caí da cama
Havia uma cama.
Quando caí de mim,
Só havia a noite
Dizendo não
Para o meu sim.
*



TERROR

Estou cansado de encontrar mortos.
Estão na praia, nos bailes, no Joquey,
Nos botequins,
Nas redações e editoras.
Falam comigo com uma naturalidade
Assustadoramente viva.
Devem tê-los condenado
À vida.
Não posso negar, porém, que são
Simpáticos, discretos e gentis
Como padres numa biblioteca
Medieval.

*

- do livro "O pacto de Wollfenbüttel e a recriação do homem"
Bertrand Brasil, 2.001

- encontrei a foto do Fausto Wolff, como ele era quando vivi um amor platônico por ele, talvez meu primeiro, nem lembro, só lembro que me apaixonei por ele, encantei-me de tal forma, que saí buscando amores de olhos claros... Fausto deixou o Brasil, desapareceu da minha tela da Tv, e eu o reencontrei depois, nas páginas de um romance, e pensei - É ele! No romance ele dá o nome de Bárbara para a pessoa que hoje vive com ele, e eu sinto saudades do tempo que via o noticiário da Tv, e bebia a beleza carismática deste cara - O maior escritor brasileiro.

La nave va...

Um dedo de prosa

  Um Dedo de Prosa é um híbrido entre encontro de ideias, palestra e debate com o escritor, quer seja realizado em salas de aula, biblioteca...