Sunday, March 04, 2012

Chá com as borboletas - Série Diálogos Poéticos (III)

Grande como um quintal de infância - Millôr Fernandes





O caminho do instante já desenhado
mil saladas temperadas a óleo e sal
corto seu vermelho
e a sede aumenta

abro os braços nos dias tardios
rezo o sono do tempo
e amanheço ao som dos pardais

respiro infância
o suor caindo do balanço
tempo raro fotografado ao sol.

Maeles Geisler
Barra Velha, SC
(Lucidez transcrevo no papel e a loucura guardo. Aceito as letras e seu desenho mal feito. Refaço, procuro, me viro do avesso- Maeles)


http://www.terradegabriel.blogspot.com/




Chá para as borboletas


Janela - espelho meu.
Fragrância de almíscar selvagem
me violenta.

Menino com aura violeta.
Jovem com juba desgrenhada.
Velocidade lenta.

Garganta do poço este túnel cinza,
onde trafego dias.

Penso na infância, sombra
dos eucaliptos, recanto secreto

onde eu servia chá às borboletas.

Bárbara Lia
A última chuva
Mulheres Emergentes/2007

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