Monday, April 13, 2015

Poetry

 


Sobre “O sorriso de Leonardo”, o poeta e artista plástico português, Fernando Aguiar, escreveu:


A poesia de Bárbara Lia junta um lirismo muito feminino à realidade que todos os dias bate à porta dos seus olhos. Poética dos homens, da terra, mas também dos sonhos onde “Para quem dorme a chuva tem a magia do canto das sereias

  




Fragmento de um texto do poeta português Luis Serguilha, sobre “Noir”:

BARBARA encandeia com a violência dos seus ecos, com o naufrágio da claridade dos ritmos, com o sal-húmus das gargantas dos cenários.
As imagens ampliadas dos corpos fluem através das mandíbulas líquidas que proliferam sobre os acordes inatacáveis deste livro, porque a Barbara modela-se a si própria entre as unânimes correspondências: aqui a reciprocidade das vibrações forma os cavalos dos limites onde as loucas marchas despertam os halos do pulsar erótico.
A performance da palavra explora o bálsamo perfeito e descodifica a arqueologia dos sentidos. Barbara explora a jubilação da folhagem humana, desenha a efervescência da comunicação para consumar o ciclone paradisíaco ou a loucura da graça do absurdo .
O balanço afrodisíaco e vegetal sopra sobre os espelhos enunciadores da andadura dos signos onde a gigantesca luz do amor é sempre trágica e incompreendida.
O olhar de NOIR abre o ancoradouro solar e tropeça nas árvores cósmicas como um corpo secreto a alimentar as coordenadas criadoras doutro corpo, porque quer abraçar livremente o mundo.
A musicalidade ramifica a navegação da génese das palavras e eleva a Barbara a uma paisagem de fantasia. O sofrimento humano interroga as fugas inextinguíveis como uma constelação de aprendizagens sobre obstáculos permanentes.
NOIR procura profundamente a respiração visual do desejo, relembrando Ramos Rosa ´´ que não pode adiar o amor para outro século ainda que o grito sufoque a garganta´´.






Sobre “O sal das rosas”, o Poeta Márcio Davie Claudino, Escreveu:


A POESIA DO PERTENCIMENTO DE BÁRBARA LIA


   Quando eu disse à poeta Bárbara Lia que percebesse, mediante
circunstâncias singulares, o que realmente fazia sentido e que se traduzia
em um sentimento de pertencimento, minha intenção era que estimasse tal noção partindo de critérios avaliativos subjetivos, ou seja, do que fosse mais verdadeiro e autêntico em sua vida e projeto literário; e não pensei que ela levasse tão a sério aquelas palavras. Qual não foi a minha surpresa quando me deparei com o poema que abre este “O Sal das rosas”, cujo título é “O que me pertence”. Somos assim, e que bom. Movidos algumas vezes pelo verso do outro, por palavras escritas ou proferidas em algum momento, em alguma luz ou treva, e que o atento escriba sabe captar em suas faixas, para irradiar na sintonia de outros canais. Afinal, o que mais nos pertence, além da extensão de nós mesmos e de nossa alma? Algo como os filhos, por exemplo; ou a própria literatura, porque viaja nessa dimensão, do pertencimento mágico ao real, num movimento pendular entre o que temos e somos e o que anelamos e projetamos.
     E, afinal, o que não nos pertence? Algo que nos escapa ou no qual não
nos encaixamos, este sentimento de não-adequação tão comum à própria noção de não-pertencimento. E a quê? A tantas coisas inumeráveis, situações e coisas não-poesia.
  O projeto de Bárbara Lia continua, ainda que na contramão das coisas
não-poesia, das condições não-pertencimento, contrapondo-se justamente pelo viés do autêntico e do verdadeiro, do que mais lhe pertence. E aqui, neste “O Sal das Rosas” ela os apresenta, como se vê, na maioria dos poemas, seja através do “riso dos filhos”, dos amores e dores, ou do seu constante exercício de pensar e reescrever o mundo de suas leituras e diálogos, indissociáveis, de todo modo, de suas identificações ideológicas, passionais e de sua busca constante pelo ideal humanista.



Sobre o livro – A flor dentro da árvore:



Existe uma musicalidade que nasce no interior do silêncio e esta musicalidade está presente neste livro que você, leitor tem em mãos.
Penso que nossa consciência se divide em uma parte que observa e outra parte que vive, nos poemas de Bárbara Lia acontece, uma delicada fusão destas duas partes da consciência, temos aqui uma poética que se alimenta desta fusão e com uma elegante  concisão ata, costura estas duas metades de um eu lírico, que todos no fundo possuem e poucos sabem fazer cantar e florescer num poema que no fundo é como a flor de uma  árvore, que poderíamos sim, chamar de árvore da vida, a poesia seria justamente essa flor, que Bárbara soube tão bem indicar no meio desse misterioso jardim onde cresce a árvore da vida, não é esta flor, uma flor no Ártico como apontou Rimbaud em uma de sua iluminações, é uma flor-árvore que cresce em toda parte, como poderá intuir, quem ler este belo livro.

Marcelo Ariel




Sobre “Respirar”:


A mais alta poesia gira ao redor desse livro, porque orbita ao teu redor com uma naturalidade absurda. Não conheço nenhum outro poeta que alcance as notas tão facilmente e seguramente quanto você. É tanta música e pintura e céu com aquele azul decisivo, que o verso se faz carne e sonho com a mesma desenvoltura.

Fernando Koproski.


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