não roubarão esta fagulha afoita
que nada dentro da mulher inteira
não tirarão o ar da agonia densa
- viver atada ao umbigo de deus -
não alcançarão minha alma libélula
para aprisionar em mesmices diplomáticas
ainda piso o primeiro rio
ainda canto na rua escura à luz das estrelas
e puxo o fio que desata as sempre vivas
danço na chuva de suas folhas brancas
não roubarão o fogo alucinado
que dorme e acorda - sempre - a meu lado
eu sou o que sou - habitante de um céu
estraçalhado -
caos, poema e santa rebeldia
não roubarão esta fagulha afoita
pra colocar no lugar uma farsa fria
que nada dentro da mulher inteira
não tirarão o ar da agonia densa
- viver atada ao umbigo de deus -
não alcançarão minha alma libélula
para aprisionar em mesmices diplomáticas
ainda piso o primeiro rio
ainda canto na rua escura à luz das estrelas
e puxo o fio que desata as sempre vivas
danço na chuva de suas folhas brancas
não roubarão o fogo alucinado
que dorme e acorda - sempre - a meu lado
eu sou o que sou - habitante de um céu
estraçalhado -
caos, poema e santa rebeldia
não roubarão esta fagulha afoita
pra colocar no lugar uma farsa fria
Bárbara Lia
imagem da poeta patti smith
imagem da poeta patti smith