Sunday, June 12, 2016

Despedida oficial do Wonka Bar - Vox Urbe - 15/06 - 21h



A noticia do fechamento do Wonka Bar antecipa a nostalgia. Já estou com saudades do palco do porão, das noites de poesia. O Wonka sempre foi um palco possível para tantos poetas e lá vivi noites inesquecíveis... Desde o Porão Loquax que iniciou em 2005 com a curadoria do poeta Mário Domingues. Um projeto lindo que por um tempo trouxe ao palco poetas incríveis de toda parte. Houve aquele hiato, por um tempo a poesia calou no porão, mas retornou com o Vox Urbe e a curadoria do poeta Ricardo Pozzo. Seguimos, com esta saudade que já brota, e com um obrigado enleado em poesia à Ieda Godoy, que abriu este espaço para a Poesia. Embora tudo possa renascer em outro espaço, sempre amei aquele toque de clandestinidade que atou com beleza extremada cada evento ao cenário. O porão do Wonka foi o palco mais poético que pisei, de todos os palcos onde li poemas, em todo estes anos. E eu me sentia em casa no porão do Wonka Bar, foi o que disse a Ieda quando recebi uma mensagem sobre esta última noite de poesia naquele incrível lugar.

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Recuperei um texto meu, que eu realmente não encontro de forma fácil meio aos meus arquivos e papéis, mas consta da monografia do Márcio Davie Claudino (Duas tendências da novíssima poesia Curitibana no alvorecer do século XXI) este texto escrevi para o folder de um dos aniversários do Porão Loquax:
Para alguns poetas em Curitiba o Porão do Wonka Bar acabou por tornar-se uma Confeitaria Richmond, uma London City. Algum dia vai figurar em livros, tal qual a Richmond que Borges freqüentava, ou London City, onde Cortazar escreveu – Os Prêmios. Algum dia será lembrado como o bar onde Maiakovski trafegava entre a fumaça revolucionária, o "Cão Vadio". Ou, o Café "A brasileira", onde Fernando Pessoa vivia.
Quando o poeta Mário Domingues anunciou o projeto Porão Loquax em uma parceria com Ieda Godoy do Wonka Bar, eles atiraram uma semente em um Porão. A poesia nossa de cada dia ganhou um dia sagrado – as terças-feiras. Desde a primavera de 2.005 o Projeto Porão Loquax segue dentro de sua linha independente. Em seu palco estiveram músicos, atores,poetas, escritores... Com uma doçura anárquica os idealizadores nunca rebaixaram o nível da Poesia. Este momento é único, passa longe das escolhas afetivas que permeiam algumas instituições, sem se preocupar com apadrinhamentos ou qualquer outro tipo de atitude que pudesse figurar um mínimo de discriminação. Os poetas encontraram um palco, um espaço para suas poesias, músicas e interpretações. Totalmente poético, o Porão surgiu como um lugar de resistência, que se faz necessário manter, para que a poesia se aloje definitivamente,com toda a sua bagagem e seus resistentes, com toda a sua contradição, sedução, brilho que só ela contém.



Porão Loquax
Cantos Bárbaros  (2006)
Melina Mulazani
Leitura de poemas do livro Noir


Painel com poemas de alguns poetas em uma exposição no porão
a arte é de Brenda Santos



Porão Loquax
O sal das rosas
2007



Lançamento do livro - A última chuva
Porão Loquax 2007
Noite de lançamento de três poetas
Márcio Claudino, Rodrigo Madeira e eu
Gabriela Caramuru lê alguns poemas do livro







Em 2007 selecionei poemas para uma homenagem a Sylvia Plath - 
'SYLVIA E O FALCÃO"
Porão Loquax
Um registro da homenagem à Sylvia Plath: 
Carolina Maia e Andrew Knoll 



C2H2 - Musas de Acetileno
Vox Urbe
Direção Geisa Mueller
Eu e Geisa Mueller no palco do Wonka Bar




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Um dedo de prosa

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