dilmar
arrancar da pedra
a flor da beleza
aferrar-se ao sonho
a utópica vida
neste tempo rude
se faz necessário
dilmar
enfrentar as feras
olhos nos olhos
(e até brincar)
enquanto a faca fria
entra na jugular
entre rústicos invernos
da pátria mais bela
(ainda que sempre triste
ainda que tardia
sempre caindo em mãos frias)
evocaremos tua força rara
galhardia em poesia
e saberemos sempre
mais que antes e sempre
lutar,
digo,
dilmar
Bárbara Lia