Terminou de soar na relva a foice do
crepúsculo...
Eu sinto hoje uma vontade louca
De mijar, da janela, para a lua.
Sierguiéi
Iessiênin
O desencanto mata os centauros brancos
Quem antes deblaterava contra o negror
Morre branco de dor no Hotel Inglaterra
O desencanto raspa a tintura do poema
Rasga peles à carne viva
Mata meninos na flor da bonança
Os homens desde os Césares até Bush
Os homens desde a antiga Babilônia até USA
Os homens desde a primeira fala até o último ditador
Vestem o desencanto como luva
E havia nele tanto amor!
Morrer não é difícil – ele disse -
Difícil é o ofício de ressuscitar a esperança
Respiração boca a boca em todas as manhãs
Lá vai o menino pelos campos
Infância a caminhar em tábuas rústicas
Molha a lua com seu xixi audacioso
Lá vai o menino pelas ruas
O verso na boca
O coração aos saltos
Em Moscou ama Isadora meio à fumaça
Do "Cão Vadio". Maiakovski, a poesia, a luta
A neve diabolicamente alva de dezembro
A colorir-se de rubra dor
Na parede a mensagem escrita a sangue
Viver é difícil, sim, viver é
Este é teu canto real
Ao qual nenhum poeta escapa
Quem antes deblaterava contra o negror
Morre branco de dor no Hotel Inglaterra
O desencanto raspa a tintura do poema
Rasga peles à carne viva
Mata meninos na flor da bonança
Os homens desde os Césares até Bush
Os homens desde a antiga Babilônia até USA
Os homens desde a primeira fala até o último ditador
Vestem o desencanto como luva
E havia nele tanto amor!
Morrer não é difícil – ele disse -
Difícil é o ofício de ressuscitar a esperança
Respiração boca a boca em todas as manhãs
Lá vai o menino pelos campos
Infância a caminhar em tábuas rústicas
Molha a lua com seu xixi audacioso
Lá vai o menino pelas ruas
O verso na boca
O coração aos saltos
Em Moscou ama Isadora meio à fumaça
Do "Cão Vadio". Maiakovski, a poesia, a luta
A neve diabolicamente alva de dezembro
A colorir-se de rubra dor
Na parede a mensagem escrita a sangue
Viver é difícil, sim, viver é
Este é teu canto real
Ao qual nenhum poeta escapa
Bárbara Lia
* depois das poesias para as - musas de acetileno - escrevi algumas para os poetas suicidas como Hart Crane e o belo Iessienin...